domingo, 18 de julho de 2010

Áreas de atuação do Musicoterapeuta

As principais áreas de atuação dentro da Musicoterapia são:

- Clínica: pesquisar e aplicar técnicas sonoras, instrumentais e musicais para reabilitar pessoas com distúrbios físicos, sensoriais, mentais e emocionais.

- Educacional: prevenir e tratar distúrbios de aprendizagem e dificuldades na leitura e escrita, com a utilização de métodos musicais.

- Social: desenvolver atividades com crianças, idosos e gestantes em hospitais, centros de saúde, creches, casas de repouso e asilos; participar de programas de assistência a menores abandonados, infratores ou envolvidos com drogas.

- Pesquisa: trabalhar em pesquisas que comprovem estatisticamente a eficácia da Musicoterapia; criar novos métodos terapêuticos musicais para auxiliar nos diversos tratamentos físicos e psíquicos.

 Federação Mundial de Musicoterapia

sábado, 17 de julho de 2010

Musicoterapeuta

Musicoterapeuta! Músico somente, não! Terapeuta apenas, também não! Musicoterapeuta! Num corpo só, numa alma só, indissociável. Um ser único. Musicoterapeuta que vê a música como arte, como linguagem, como expressão, como comunicação. Musicoterapeuta que vê a música como uma possibilidade de relação, entre pessoas, entre povos, entre almas. Como bem nos disse Paul McCartney, a música aquela que chega, onde as palavras não podem chegar.
Ou, como nos disse Kenneth Bruscia, a música é uma instituição humana, uma criação divinamente humana. Para o musicoterapeuta a música é... (cantando) é o fim do caminho, para quem se aventura, é silêncio das bocas, e a dança da vida, é fala dos corpos. O indizível! Isso é um pouco da música e da musicoterapia!

Depoimento: Lydio Roberto para o vídeo Institucional do Curso de Musicoterapia da FAP

O musicoterapeuta é um profissional que deve ter conhecimentos médicos, psicológicos, pedagógicos e musicais, mas não é um médico, nem um psicólogo, nem um músico.
O musicoterapeuta tem uma formação específica, devendo ser antes de tudo um terapeuta, com grande conhecimento teórico e prático da utilização do complexo mundo sonoro, musical e do movimento.
Ele não deve ter o pré-juízo musical estético que tem o músico formado, pois isso o impedirá de aceitar com inteira liberdade os ritmos "não-estéticos" de um determinado paciente ou o "desafinado" de outro, etc.
Ele não deve ter o pré-juízo interpretativo do psicólogo, que se formou numa concepção de verbalização dos fenômenos inconscientes, com uma tendência à interpretação verbal e superintelectualização dos mecanismos psíquicos, pois isso dificultará lidar dentro da concepção do pensamento não verbal.
Ele não deve ser um médico porque este tem que indicar a aplicação deste auxiliar da Medicina e avaliar seus resultados no contexto geral do processo recuperatório do paciente.

 
                                                                                            Federação Mundial de Musicoterapia

Musicoterapia


Lydio Roberto (2007), define Musicoterapia como o "Processo terapêutico que estuda a relação homem-música-meio, para que através das experiências sonoras se estabeleçam canais de expressão e comunicação para produzir a minimização dos problemas de ordem biopsicossocial-espiritual e a consequente promoção da saúde humana".



Para Kenneth Bruscia (1987), "[...]é um processo orientado por objetivos no qual o terapeuta ajuda o cliente a melhorar, manter ou restaurar um estado de bem-estar, utilizando experiências musicais e as relações que se desenvolvem através delas como forças dinâmicas de mudança".


Musicoterapia é a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia), por um musicoterapeuta qualificado, com um cliente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender às necessidades físicas, mentais, sociais e cognitivas.
A Musicoterapia busca desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do indivíduo para que ele ou ela alcance uma melhor organização intra e/ou interpessoal e, conseqüentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento.

Definição Oficial da Federação Mundial de Musicoterapia


Referências Bibliográficas

BARCELLOS. L.R., SANTOS. Marco A.C. A natureza polissêmica da música e a musicoterapia. Revista Brasileira de Musicoterapia. Rio de Janeiro. Ano I, Nº1, 1996.

BRUSCIA, Kenneth E. Definindo musicoterapia. São Paulo, Enelivros, 2000.

COSTA, Clarice Moura. O despertar para o outro. São Paulo. Summus, 1989.

KOELLREUTTER,H.J. Introdução à estética e à composição musical contemporânea. Org. Bernadete Zagonel e Salete Chiamuleira. Porto Alegre, Movimento, 1990.

KOELLREUTTER, H.J. Terminologia de uma nova estética da música. Porto Alegre, Movimento,1990.

ILARI, Beatriz. Em busca da mente musical - ensaios sobre os processos cognitivos em música da percepção à produção. Curitiba, Ed. UFPR, 2008.

JOURDAIN, Robert. Música, cérebro e êxtase:como a música captura nossa imaginação. São Paulo, Artes-Música, 2003.

KUCKHOHN, Clyde. Antropologia: um espelho para o homem. São Paulo, Itatiaia, 1972.

PELBART, Peter Pál. A vertigem por um fio: políticas da subjetividade contemporânea. São Paulo, Iluminuras,2000.

ROEDERER, Juan G. Introdução à Física e Psicofísica da música. São Paulo. EDUSP, 2002.

SÁ, Leomara Craveiro de. A teia do tempo e o autista: música e musicoterapia. Goiânia, Ed. UFG, 2003.

SACKS, Oliver. Alucinações musicais. Trad. Laura Teixeira Motta. Companhia da Letras, 2007.

SLOBODA, John A. A mente musical. Trad. Beatriz Ilari e Rodolfo Ilari. Londrina. Eduel, 2008.

WISNIK, José Miguel. O som e o sentido: uma outra história das músicas. São Paulo, Companhia das Letras, 1999.